quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Paródias - Canção do Exílio




        Os textos a seguir são paródias feitas pelos alunos do 9º Ano, a partir da obra de Gonçalves Dias, '' Canção do Exílio ''




MEL, Caroline

Hoje penso no futuro
como o mundo vai ficar?
eu sempre me pergunto
se amanhã vou acordar.

A saúde está precária
não consigo nem pensar
o remédio custa caro
e o hospital não tem para dar.

Esse país de escolhas
que nem podemos opinar
as propostas são impostas
e sempre temos que aceitar.

Nossos governantes
que só pensam no poder
e coitado do povo
que tem sempre que ceder.

Mas não permita deus que eu morra
sem ter saúde, educação e segurança
onde vai parar
a nossa esperança?



LEITE, Daniel

Minha terra tem trânsito 
Não ouço o sabiá
 a cidade é barulhenta
 Mais poluída do que lá

 Nosso céu tem mais nuvens
 As pessoas mais rancores
 Tudo com mais pressa
 Nossa vida? Sem amores

 Em tentar dormir à noite
 O funk toca lá
 Agora mesmo
 Que não escuto o sabiá

 Não permita deus que eu morra
 Sem a lição acabar
 Se não vou reprovar
 E em casa apanhar 

NASCARELLA, Gabriel

Minha terra tem governo
Onde escolas vão implorar
O básico para os alunos
E o mínimo para trabalhar

Nossas escolas vão fechar
Nosso futuro a piorar
Pois o dinheiro foi pro bolso
De quem vive pra roubar

Minha terra tem malandro
 Que o caminho fácil faz
Em andar sozinho à noite
Mais medo encontro cá
Minhas ruas tem mais drogas
Onde se refugiam lá 

Não permita-me que morra
Sem ver alguém os amar
Sem ver que a saúde e escola priorizem
O governo que só quer roubar
Sem ver que caia o Beto Richa
Quem escolas vão para implorar





NUNES, Ian

Canção da cocaína.

 Minha terra tem candidatos
 Que muito pó querem cheirar,
 Mas a mídia que aqui fala
 Na Dilma quer descarregar.

 Nosso jornal mente tanto
  No papel quanto na TV
 Até as revistinhas falam
 Que a culpa é do PT.

Só de pensar no inferno,
 Encontro mais paz que por cá
 Minha terra tem candidatos
 Que muito pó querem cheirar.

 Minha terra tem temores
 Que não vejo em outro lugar
 Só de pensar no inferno
 Encontro mais paz que por cá

Não permitam, deuses, que eu morra
 Antes de algo mudar
 Antes de poder ver
 Essa corrupção acabar
 Antes que prendam o Aécio
 Que não para de cheirar


PESSOA, Laura
Na minha terra imaginária
Só tem música ao luar
Os sabiás cantam alegres
E as horas vão sem contar

Toda a gente se diverte
E esquece do celular
E os brinquedos das crianças
São trocados pelo mar

Agora volto à minha mesa
Onde me ponho a escrever
E percebo o mundo lá fora
Tão diferente ao meu ver

As pessoas vão apressadas
Andando pra lá e pra cá
Que não tem tempo nem pra ver
A pomba que acabou de passar

As árvores tão bonitas
Tão famosas pelo bem
São cortadas sem critério
Para a nova rua se fazer

Não permitam que eu morra
Sem antes de cantar
Com toda minha alegria
Que essa terra voltou a brilhar


VINÍCIUS, Marcus



Canção do Exílio Remix


Minha terra tem políticos,
Onde canta a corrupção;
Os Réus, que afora são presos,
Não são presos como aqui.
Nosso país guarda segredos,
Que vosso povo não sabe,
Nosso governo tem gananciosos,
Onde o dilema não acabe .
Em cismar, que haja corruptos,
Que causam tanta errância;
Minha terra tem mentirosos,
Onde canta a ganância.
O mundo tem outros bons políticos,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — que haja propina —
Mais suspeito encontro lá;
Minha terra tem mentirosos,
Onde canta a corrupção
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu tente impedir mais crimes;
Sem que eu vote para o bem
Que não encontro por cá;
Sem que ainda aviste os políticos,
Onde canta a ganância.


Obrigado por conferir!! :)

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Sinopse - Felicidade Clandestina

   Como nossa bagagem cultural é herdada de nossos pais, avós e outros conhecidos e desconhecidos que vieram antes de nós, conhecemos e recomendamos alguns clássicos da literatura. Confira nossa dica cultural nas sinopses a seguir:
Sinopse de “Felicidade Clandestina”, de Clarice Lispector
Por Laura Pessoa
Felicidade Clandestina é um livro que não reúne  nem crônicas, nem novelas ou contos; Clarice Lispector não escrevia para que fosse rotulada ou lembrada como uma escritora de gêneros, mas sim como uma escritora que queria captar a essência humana, individual de cada leitor e de si própria. Ela usa uma linguagem extremamente poética e  muitas vezes metafórica, onde seus textos são apenas pura literatura. 
O tema do livro no total faz jus ao título, pois a maioria dos escritos fala e reflete sobre uma felicidade encoberta, secreta. A obra é embalada por sentimentos muito pessoais da autora, sendo muitos dos textos inspirados em recordações da infância até a fase adulta; o que leva a nós leitores, uma experiência única de poder conhecer Clarice através de suas próprias palavras.






Sinopse do livro Cinco história do bruxo do Cosme Velho, de Machado de Assis
Por Caroline Mel Hoscher
O livro “Cinco histórias do Bruxo do Cosme velho”, escrito por Machado de Assis, traz poesias e 4 contos da literatura clássica: A filosofia de um par de botas, história comum, ideias de canário, o dicionário e Niâni. Em alguns dos contos o leitor é transportado para um mundo surreal, onde os objetos podem falar e demonstrar seus sentimentos. Também questionam do ser humano, a importância de cuidar de suas coisas, para melhor valoriza-las, e assim, a manutenção dos valores pessoais e culturais e perpassam os anos. Assim como evidenciar que o feitiço do Bruxo do Cosme Velho funciona para todos, não importa a idade.
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Sinopse do livro A bolsa amarela, de Lygia Bojunga Nunes 

Por Kamini Armani
O conto A Bolsa Amarela, escrito por Lygia Bojunga Nunes e ilustrado por Marie Louise Nery, trata de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades; vontade de crescer, ter nascido garoto e de escrever.  Certo dia, ao receber os frequentes presentes de sua tia, sua família deixa uma bolsa amarela para a ela, que passa a guardar tudo de valor dentro da mesma. Essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia juntando o mundo real com suas incríveis fantasias, e segue rumo a sua afirmação como pessoa.
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Sinopse do livro A velhinha de Taubaté, de Luis Fernando Veríssimo
Por Ian Nunes
“A velhinha de Taubaté” é um livro de Luis Fernando Veríssimo repleto de histórias diferentes em seu interior, dentre eles, a sequência de contos que possui o mesmo nome do livro, por exemplo. O conto “A Velhinha de Taubaté” se trata da história da famosa "última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo" e as artimanhas que eram elaboradas para que essa crença não sumisse de vez. Nesse livro, Veríssimo tenta claramente expor para o leitor as realidades da sociedade da época em que foi escrito de forma humorada ou exagerada, revelando ao leitor como essa sociedade pode ser ridícula de engraçada.





 


Sinopse do conto O caso da vara de Machado de Assis
 Por Daniel Leite

O conto O caso da vara, de Machado de Assis apresenta Damião que acaba de fugir do seminário; ele busca ajuda de Sinhá Rita para ajudá-lo a convencer sua família a deixa-lo sair de lá. Ao longo do conto o autor responde a seguinte pergunta: em perigo somos capazes de ajudar o próximo e dispostos a sacrificar algo para o ajudar?   

Uso negativo dos robôs



Os textos a seguir são ensaios produzidos a partir da discussões sobre o que o futuro nos reserva com a criação dos robôs, ou melhor, ou melhor, a tentativa do homem de igualar-se a máquina. Será possível?
A humanização está aí, lutando por sobrevivência, e mais, colocando-se atrativa nas novas profissões que farão parte de nosso dia a dia daqui a algum tempo. Vale a pena dar uma conferida. 

Uso negativo dos robôs
Por Daniel Leite
A robótica engloba a mecânica informática e eletrônica, porém ela tem os seus aspectos positivos e negativos. Ela pode causar impactos sociais, como o desemprego.
As indústrias recrutam robôs para conquistar maior produtividade e qualidade de seus produtos, de forma barata e ficando em frente aos concorrentes. No Japão foi feito um estudo, e ele mostrou que era esperado dos robôs existentes na época que trabalhassem 22 horas por dia, 7 dias na semana e com uma vida útil de seis anos. Perceberam que nesses seis anos estes robôs trabalhariam 48000 horas, enquanto um operário humano trabalha na mesma quantidade em 30 anos. Com esse estudo percebe-se a diferença  no preço e a vantagem para os donos de fábricas a utilização da robótica.
Hoje o preço dos robôs está caindo, estes ficaram mais acessíveis e valerão ainda mais a pena. Quanto mais robôs mais funcionários serão despedidos, e isso irá causar um desemprego estrutural (quando tem mais pessoas querendo emprego do que vagas). Em alguns casos ao invés de causar desempregos, os empregos podem ser modificados.
Outro ponto negativo da robótica é o uso dela nas guerras. Robôs de guerra já entraram em ação no Iraque. Essas máquinas poderão um dia ser equipadas com uma consciência artificial, com capacidade de até mesmo desobedecer ordens. De acordo com o exército americano as máquinas armadas ''estão abrindo seu caminho no campo de batalha de hoje e serão muito comuns no futuro".
De qualquer forma operadores humanos são quem controlam as máquinas. Ainda levará tempo para que estes robôs sejam soltos contra a humanidade. Para esses robôs medo e cansaço não são problemas. Robôs matam sem hesitar, e perder um robô na guerra é apenas uma perda financeira.
Nas guerras existem alguns acordos e tratados, porém estes são violados. Um especialista do exército americano diz que os robôs não estariam a ''trapacear'' nas guerras, por terem uma consciência artificial. E estes agiriam com mais humanidade que os próprios humanos. Nesse novo cenário de guerra o ato de matar será atribuído aos robôs.

Humanos e Robôs
Por Ian Linhares
A criação, a inteligência, a autonomia, a evolução, a vida. O termo “Robô” foi usado pela primeira vez pelo Checo Karel Capek (1890-1938) numa Peça de Teatro - R.U.R. (Rossum's Universal Robots) - estreada em Janeiro de 1921; enquanto o termo “Robótica” foi popularizado pelo escritor de Ficção Cientifica Isaac Asimov, na sua ficção "I, Robot" (Eu, Robô), de 1950. Neste mesmo livro, Asimov criou leis, que segundo ele, regeriam os robôs no futuro e até hoje são usadas por outros escritores. São elas as Três Leis da Robótica a seguir:
1. Um robô não pode fazer mal a um ser humano e nem, por omissão, permitir que algum;
2. Um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos, exceto quando estas contrariarem a Primeira lei.
3. Um robô deve proteger a sua integridade física, desde que, com isto, não contrarie a Primeira e a Segunda lei.
A ideia da criação e existência de máquinas inteligentes foi desenvolvida no passado e apresentada à sociedade por livros, peças de teatro e outros; mas desde 1920, quando a ideia de máquinas inteligentes e autônomas foi idealizada, expressava um olhar para o futuro. Quando se fala em máquinas inteligentes, mesmo nos tempos atuais em que possuímos desde supercomputadores portáteis até secretárias robôs, a ideia de nosso mundo repleto de robôs nos auxiliando ainda está muito distante. Seguindo esse ponto de vista, onde os robôs que imaginamos estão realmente distantes, devemos lembrar que os robôs de hoje em dia (ainda pouco inteligentes) e os descritos pelas histórias são bem diferentes, afinal, mesmo com os avanços significativos de nossa tecnologia com relação à robótica, ainda estamos bem longe de criar seres que, além da inteligência bem desenvolvida, apresentam autonomia e eventualmente sentimentos. Temos ao nosso redor diversas funções e utilidades para as máquinas de nosso dia-a-dia, mesmo que talvez distantes dos robôs que imaginamos; mas qual é o verdadeiro motivo da criação de robôs em nossa sociedade?
Não importando a distância entre o presente e o futuro que tantos aguardam, onde provavelmente haverá robôs inteligentes, autônomos e talvez até portadores de emoções humanas; a humanidade sempre pensará em duas únicas e principais funções para os robôs (mesmo que esta apresente pequenas variações ou modificações): nos servir e realizar os serviços que são considerados caros, cansativos, difíceis ou perigosos para serem realizadas por seres humanos, podendo variar desde construção civil até aprimoramento de medicamentos.
Humanos possuem diversas utilidades, mas robôs geralmente se encarregam dos piores trabalhos para tornar nossas vidas mais fáceis. Porém não se sabe se esta seria a melhor opção para a humanidade, afinal, mesmo com uma inteligência artificial bem desenvolvida, muitos trabalhos humanos que podem ser substituídos por máquinas inteligentes exigem decisões arriscadas, coisa que costuma exigir muito de um atributo humano que muitos acreditam que será difícil de introduzir nas máquinas inteligentes para realizar esse tipo de escolha: a autonomia.
Quando se fala de autonomia na área de robótica é comum ela vir acompanhada de mais uma ideia que possui muitas características em comum: os sentimentos. Tanto as emoções quanto a autonomia humanas são características que afetariam diretamente o funcionamento e nas ações do robô, afinal, são características humanas. Mas há uma grande questão que vive e ainda viverá nos pensamentos de muitos por muito tempo: se realmente for possível, como seriam introduzidas as emoções e a autonomia em um robô? Sua inteligência pode ser criada num computador e introduzida por meio de um chip, uma pendrive ou mesmo por conexão sem fio, mas como fazer o mesmo com autonomia?
Diversos desenhos animados, livros e filmes já apresentaram como personagens, robôs que possuíam emoções de uma forma tão natural quanto nós, mas diversas dúvidas pairam no ar quanto às chances disso se tornar possível.
Por fim, sempre é bom lembrar que se um robô realmente possuir todas as emoções humanas, ele também poderia desenvolver a ganância e crueldade, podendo assim desencadear todos os tipos de apocalipse presentes nos livros e filmes atuais e passados. Por isso, muitos se perguntam se seria correto dar atributos humanos a uma máquina tão inteligente.
Por um lado, poderia ser ótimo, pois assim, todo o nosso mundo poderia funcionar melhor, com humanos e robôs despoluindo o planeta, encontrando novas maneiras de produzir energia limpa (pois há uma probabilidade de que nossos métodos atuais não funcionassem mais), desenvolvendo mais ainda a medicina, a robótica, a saúde, e segurança, tudo em geral. As possibilidades da humanidade progredir com o auxílio dos robôs são quase infinitas. Sim, são possibilidades muito utópicas, mas ainda são possíveis.
E ao mesmo tempo em que é possível que haja um futuro tão próspero nos aguardando, existe a possibilidade de dar tudo errado. Além da possibilidade do Estado ou qualquer outro grupo forte se aproveitar das máquinas inteligentes para controlar o resto da população, devemos lembrar que com a presença da autonomia (com ou sem emoções inclusas) tornaria qualquer robô que a possuísse mais que onipotente. Mesmo com a existência das Três Leis da Robótica, como hoje quase tudo está conectado por conexão sem fio, qualquer robô poderia acessar o computador de um programador e programar a criação de um robô que não as seguisse. As possibilidades da humanidade ruir graças aos robôs são quase infinitas. Sim, são possibilidades muito distópicas, mas ainda são possíveis.
Por fim, a necessidade da presença de robôs em nossa sociedade é real? Afinal, criar um ser com inteligência, autonomia e sentimentos não é algo tão simples ou banal. Dar autonomia para um ser inteligente para muitos é considerado o mesmo que dar vida e liberdade para um ser antes inanimado. Para muitos, isso é considerado um ato divino. E claro, para outros, isso é visto como algo natural, banal, até mesmo simples. Será que a humanidade realmente está brincando de ser Deus? Será que a humanidade está assinando o próprio túmulo criando seres como esses? Será que algum dia iremos parar de olhar tanto para o futuro, com suas máquinas avançadas e robôs humanoides e começaremos a nos preocupar com o que realmente está acontecendo agora? 

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150728_tecnologia_artificial_hb


Os perigos da robótica
Por Laura Pessoa

Nos dias de hoje a tecnologia robótica tem sido amplamente explorada, estudada e aperfeiçoada. A criação de robôs (ou máquinas de inteligência artificial) vai desde propósitos, digamos, banais, como limpar o chão, até fins nas áreas de saúde, onde são usados como auxiliares em cirurgias médicas.
Mas outro tema abrangendo estas máquinas tem estado muito em voga: a utilização destas para fins negativos, ou o perigo que elas podem causar a humanidade.
Isaac Asimov, o ilustre escritor de ficção científica e autor do livro “Eu, robô”, de 1950, é também criador das três leis da robótica, onde a primeira lei é: “Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal”, porém, parece que essa lei ela foi anulada.
Em 2010, foi construída pela fabricante de armas DoDAAM, na Coreia do Sul, a Super aEgis II, um robô capaz de identificar, rastrear e abater seus alvos sem mediação humana (ainda que a arma só esteja habilitada a atirar depois que um operador humano digite uma senha). Ela utiliza imagens térmicas para capturar seus alvos a até 3km de distância e é capaz de funcionar independentemente do clima e hora, e já está em funcionamento em alguns países do Oriente Médio, como nos Emirados Árabes Unidos e no Qatar.
Essas armas autônomas, também conhecidas como “robôs matadores” têm preocupado cientistas do mundo todo. Em 28/07/2015, por exemplo, durante a Conferência Internacional sobre Inteligência Artificial, ocorrida em Buenos Aires, na Argentina, centenas de cientistas, pesquisadores especialistas assinaram uma carta alertando sobre o uso da inteligência artificial em armas de guerra.
Entre os signatários da carta estão Elon Musk, da Tesla Motors, Steve Wozniak, da Apple, Demis Hassabis, do Google e Stephen Hawking.

A Tecnologia de Inteligência Artificial chegou a um ponto onde a implantação de tais sistemas é – praticamente se não legalmente – viável dentro de anos, não décadas, e as apostas são altas: as armas autônomas têm sido descritas como a terceira revolução na guerra, depois da pólvora e das armas nucleares {...} Ao contrário das armas nucleares, elas não precisam de materiais caros ou raros para serem feitas, assim elas se tornarão ubíquas e baratas para todos os significativos poderes militares que queiram produzi-las em massa. É só uma questão de tempo até que elas apareçam no mercado negro ou nas mãos de terroristas e ditadores que querem controlar suas populações, ou déspotas que desejam fazer ‘uma limpeza’ étnica em seus territórios {...} A pergunta chave para a humanidade hoje é se devemos dar início a uma corrida armamentista feita com inteligência artificial ou se devemos prevenir que ela sequer comece, suspendendo específicamente o uso de armas auônomas que possam sair de controle humano significativo.
Afirma a carta.
Em entrevista à BBC, Hawking alerta: "O desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana" e continua: "(Essas máquinas) avançariam por conta própria e se reprojetariam em ritmo sempre crescente", afirmou. "Os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados."
Além dos perigos já citados, há também o relacionado ao desemprego, onde como na Revolução Industrial, quando máquinas substituíram o trabalho manual para o manufaturado, dessa vez, os de robôs substituirão os humanos, mas em uma escala muito maior, e assim, gerando, talvez, uma crise de desemprego no mundo.
Bibliografia: