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Ovos estimulam consumismo infantil |
A Páscoa era um evento religioso,
mas passou a ser um evento para consumo de produtos característicos (o mesmo
que aconteceu com o Natal, Dia das crianças etc.) e agora, com a introdução de
brinquedos dentro dos ovos de Páscoa, as crianças nem mais acreditam no
“coelhinho da Páscoa”, nem escapam do consumismo.
Além do mais, a
cada ano que passa percebemos os preços subirem tão “na nossa cara” que até
gente da minha idade (13, 14, 15 anos) consegue ver a diferença de uns anos pra
cá. Já ouvi que agora um ovo está custando o quilo da picanha: “Acho que nessa
Páscoa vou preferir churrasco à chocolates” e nem é tão na brincadeira assim.
A maioria das
crianças já não acredita mais no tal “coelhinho”, e tem vezes que nem sabem o
que é Páscoa (talvez um segundo Dia das crianças) porque só pensam no
brinquedinho de plástico que vêm dentro de algo (que para surpresa delas é de chocolate!).
Os pais... Bem, os pais podem ser divididos em três grupos: os que cedem ás
manhas bem-treinadas dos filhos, os que não cedem, mas mesmo assim compram um
ovo mais barato, e os que não querem se passar por coelho e simplesmente
compram barras de chocolate, bombons, etc. porque acham melhor já acostumar os
filhos a saberem que nenhum tipo de coelho bota ovos.
Devo admitir que
ainda tenho aquela necessidade de ganhar um ovinho sequer, já que esse hábito
já está enraizado na nossa cultura e que para alguns, guarda boas recordações –
quando era menor, adorava quando algum familiar fazia “caça aos ovos”. Mas
realmente, é provável que esse ano eu ganhe ovos “surpresas” de alguns
parentes, porque não irei pedir nenhum, tanto para eles refletirem quanto para estimular
as pessoas ao meu redor pararem um pouco de comprar tantos ovos
desnecessariamente.
Portanto, a Páscoa
para mim já é uma data totalmente comercial, focada só para o consumismo, mas
que ainda têm um simbolismo muito grande, se tratando tanto sobre ovos e
chocolates quanto de ser uma hora de descontração para aqueles que apreciam as
delícias dessa data.
Por
Laura Pessoa
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